No domingo, 23 de março de 2025, Venâncio Mondlane e Daniel Chapo, os dois "gladiadores" políticos de Moçambique, realizaram seu primeiro diálogo em Maputo, um passo significativo após meses de violência, com mais de 361 mortes em protestos desde as disputadas eleições de outubro de 2024, conforme relatado pela Plataforma Decide.
🔹 O que Chapo comeu na Namíbia?
🔹 Por que tão tarde, e o que isso poderia ter evitado?
Este diálogo poderia ter ocorrido semanas antes, possivelmente evitando escaladas como o protesto de 5 de março em Maputo, onde a polícia disparou contra o comboio de Mondlane, ferindo 16 pessoas e matando duas crianças, conforme destacado pela Anistia Internacional. A exclusão inicial de Mondlane do “Dia do Diálogo” em 5 de março – apesar de Chapo ter prometido inclusividade em sua entrevista à BBC em 20 de janeiro – alimentou a violência, incluindo tiroteios em Katembe, Manhiça e Xai-Xai, o que contribuiu para perdas econômicas: 12.000 empregos e 500 empresas impactadas, segundo relatos da BBC.
🔹 O que humilhou Chapo a negociar?
🔹 O que foi discutido e o que vem a seguir?
Outros permanecem céticos, apontando o padrão de 49 anos do Frelimo de acordos quebrados, como o Acordo de Paz de 2019 com a Renamo, que falhou em entregar uma descentralização real.
O plano de cinco anos do governo alternativo, lançado em 21 de março, continua ganhando força, oferecendo uma visão participativa que contrasta com a abordagem vertical do Frelimo, potencialmente pressionando Chapo a cumprir qualquer compromisso feito.
O sucesso do diálogo depende de resultados tangíveis: Chapo vai parar a repressão policial, como visto nos recentes tiroteios em Katembe e Xai-Xai, e resolver problemas sistêmicos como os trabalhadores da CNE não pagos em Niassa ou os professores em greve em Gurúè? Sem transparência e ação, este encontro corre o risco de ser apenas mais um gesto vazio no longo histórico de teatro político do Frelimo, deixando os moçambicanos – ainda abalados pela dificuldade econômica, com 98% da mídia sob controle do regime – a continuar sua luta por justiça. Ver mais